Quando se fala em decisão de carreira, e o que pode facilitar esse processo, é comum pensar no teste vocacional como uma das melhores ferramentas. Ao mesmo tempo, também não é incomum sair frustrado de um desses testes ao ver que a tarefa não parece ter ficado mais fácil.
Será que o teste vocacional é o melhor recurso nesse contexto? Do que mais você precisa para escolher um caminho profissional? Entenda a resposta para essas duas perguntas, além de outros pontos relacionados (como onde fazer o seu e o que ninguém te conta sobre ele!) e quais podem ser seus próximos passos para criar um plano de carreira.
- Como funcionam os testes vocacionais:
Testes vocacionais são avaliações aplicadas por diversos tipos de profissionais – como psicólogos, coachs, orientadores – a fim de trazer mais clareza para quem está em busca de definir uma carreira a seguir. Eles podem se basear em várias teorias criadas por especialistas que mapearam perfis e agruparam em tipos.
Basicamente, a ideia dos testes é que analisando um conjunto de características específicas da personalidade e traçando um paralelo com o que dizem um ou mais desses especialistas, consiga apontar áreas ou profissões em que você pode se adequar melhor.
- Por que os testes vocacionais não são o bastante (sozinhos)
Não tem nada de errado em realizar um teste vocacional. O problema é: ele não é nem de longe o suficiente para você fazer uma escola acertada de carreira. Infelizmente, é impossível que, com algumas perguntas, qualquer avaliação do tipo consiga contemplar toda a complexidade do seu perfil – incluindo sonhos, medos, valores, ambições e propósito.
Além disso, eles não medem todo seu potencial nem conseguem refletir o quanto você muda com cada escolha. Tem também outro ponto: o mercado de trabalho é grande demais e está em constante transformação. Muitas das profissões que existem hoje não existiam há cerca de 10 anos. Para você ter ideia, muitas pesquisas indicam que 50% das profissões que existem hoje desaparecerão ou mudarão radicalmente nos próximos 20 anos. Ou seja: as profissões do futuro ainda nem foram criadas – como um teste vocacional pode prevê-las?
Então, eles no máximo conseguem te dar um norte ao calcular o que está num círculo de possibilidades que podem fazer sentido de acordo com características superficiais da sua personalidade.
O processo de escolha profissional, para ser completo e satisfatório, precisa envolver outros fatores – como seus interesses, influências e habilidades, além da sua curiosidade como ferramenta. Só assim você conseguirá sair do retrato do seu momento e passar a atuar como protagonista da sua vida.
- Então, como descobrir minha vocação? (e como aproveitar o teste vocacional)
O processo de decisão profissional, para ser completo e satisfatório, precisa envolver outros fatores – como seus interesses, influências, valores, missão e habilidades. Há diversas formas de mapear alguns desses pontos importantes da sua personalidade.
Uma delas, por exemplo, é a mandala Ikigai, um exercício que, basicamente, aborda diversas áreas e intercessões da vida pessoal e profissional e te dá clareza como levar em conta todos esses aspectos na hora de decidir a carreira.
Se preferir, coloque tudo que te importa e te move no papel da forma que achar melhor. Assim, visualiza o que deve ser levado em conta. A partir disso, faz sentido listar áreas, setores e profissões que se encaixem com tudo que você busca e tem a oferecer (ou quer ter a oferecer).
Para se guiar por entre profissões existentes, vale fazer um teste vocacional e incrementar sua lista de possibilidades com os resultados.